Krisbell sai de casa de manhã cedo para esperar em filas para comprar papel higiénico ou outros bens de consumo. Devido ao triunfante socialismo ornitológico do pajarito do Maduro, as lojas estão vazias e quando há, há que se esperar em filas intermináveis. Krisbell recebe os pedidos por telefone, compra para os seus clientes e revende o que compra. Faz vida disso, maçando-se em prol de quem não tem tempo de estar parado em filas porque, sei lá, não é funcionário público e tem de trabalhar para ganhar a vida.
O Zé de Portugal que se queixa permanentemente da Troika e da danada direita leva trinta minutos para escolher entre as diferentes marcas de papel higiénico nas prateleiras dos supermercados. Provavelmente tem a sua marca favorita, que combina a absorção e a suavidade cutânea suficientes com um preço que está disposto a pagar. Pode ser de dupla ou de tripla folha. Tem leite a um preço que pode pagar, com cálcio, normal, gordo, meio gordo, para crianças, condensado, condensado cozido, com chocolate, com morango ou sucedâneo de soja de vários sabores.
Estou tentado a trocar o Zé de Portugal por um venezuelano que não tenha votado no Maduro. Ficamos a ganhar. O Maduro terá um que não desdenha as experiências socialistas, Portugal com mais um que quer trabalhar e não acredita em socialismo unicórnico. Atenção: bilhete só de ida. Os ocidentais que foram para a União Soviética experimentar o socialismo científico normalmente acabam a querer voltar (e a não poder, mas isso é excelente para todos nós).
Se o Zé espera do Syriza, pois que emigre para a Grécia enquanto esta ainda vai estando na Zona Schengen. Deixa de ser parte do problema e pode ver com os próprios olhos o Sol na Terra e o progresso entre os homens.
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