30 de Janeiro, na Lituânia, dois caças italianos levantaram para intercetar dois Il-78 (código Midas, avião de reabastecimento) que voava no Báltico, junto ao espaço aéreo da Nato. Antes na semana (Terça-Feira), dois Il-95 (bombardeiros de longo curso) voaram a 25 milhas náuticas da costa britânica, sem anunciar plano de voo e com os transponders desligados. O que os torna invisíveis para a maior parte do tráfego aéreo civil. Foram intercetados por F16, Typhoon e Mirage 2000 das forças aéreas britânica e francesa.
E o motivo desta mostra de força, é conhecido? Deve ter alguma coisa a ver com o prolongamento das sanções por deis meses da União Europeia à Rússia. Estranhamente, a Grécia não usou poder de veto e votou a favor. Sintomático.
Entretanto, na Ucrânia, percebemos que russos e norte-americanos estão a lutar até à morte do último ucraniano. Ambos os países têm botas no terreno, e os vídeos são patentes, mas a Rússia não é a mais culpada do conflito. Existe uma solução: os ucranianos de várias línguas juntam-se e proclamam a língua russa e o ensino oficial em russo como lei da Ucrânia, junto com a língua ucraniana, inscrevem isso na constituição do país e convidam a Rússia a testificar o acordo. Aposto que no dia seguinte as armas se cala e ninguém perde a face.
A boatada diz que nos próximos meses um golpe armado ou legislativo pode ser realizado contra o presidente ucraniano Petro Poroshenko (aqui). A partir do momento em que os boatos saíram, a imprensa russa mudou muito a imagem que tinha de Poroshenko: de facínora passou a homem de paz. A mudança era anunciada. Viktor Orban, da Hungria, já se referira a Poroshenko nos mesmos termos. A verdade é que os negócios de Poroshenko continuam na Rússia e ninguém lhes tocou.
No passado dia 10, Mikhail Gorbachev deu uma entrevista muito elucidativa ao Der Spiegel. Dessa entrevista ja apresentámos excertos aqui, no Remoques. Pois mais uma vez o homem que mais fez para acabar com a guerra fria avisa que esta pode-se tornar quente. Este próximo vídeo do Daily Mail é elucidativo de alguém que, aos 83 anos, tem mais juízo que muitos obamescos de 50, do qual diz ter perdido o juízo:
Sejamos claros: os russos não são nem socialistas nem anti-ocidentais. O Ocidente é que está a enveredar pelo caminho escorregadio do repúdio dos valores que tornaram o Ocidente próspero e livre. Lá lê-se Solzhenitsin no secundário, cá lê-se Saramago.
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