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Mensagens

A mostrar mensagens de maio, 2013

Uma história de burros

Sou autoridade! A história que se segue é completamente inapropriada para pessoas com apoplexia ou asma. São aqui avisados também os que sejam sensíveis a estultícia, burrice ou trapalhadas. A cautela dos nossos leitores é aconselhada. Passou-se há alguns dias, e foi-me contado por quem o presenciou. A Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) entra pelo estaleiro do novo data center da PT, na Covilhã, adentro, e manda parar todas as máquinas. As razões invocadas foram estas: receberam uma denúncia, anónima, dizendo que uma das gruas móveis trabalhava sem aterramento elétrico. Os engenheiros devem neste momento estar a rir às bandeiras despregadas. Foram avisados. Um aterramento elétrico é, como mostra a figura seguinte, composto por uma vara de cobre espetada na terra e ligada por um fio a uma instalação elétrica. Esse aterramento é ligado às carcaças metálicas dos equipamentos e conduz para a terra alguma descarga a essas carcaças, protegendo os utilizadore

Quem disse que o Estado não é uma empresa?

O Estado é uma empresa, pois tem um deve e um haver, receitas e despesas, e serviços a prestar. Não se pode viver sem Estado. Bem o sei, que vivi em lugares onde o Estado era coisa que não existia no meio de África. E, creiam-me, essa é a antecâmara do inferno. O Estado deve ser gerido como uma empresa: descobrir-se primeiro quais são os produtos e serviços a fornecer aos clientes de modo a satisfazer as necessidades destes e depois fabricá-los a um custo que permita o preço que os clientes estão dispostos a pagar. Os clientes somos nós, que vivemos dentro da área territorial gerida em exclusividade pelo Estado. Quando falo em estado mínimo, é óbvio que não falo de estado inexistente. Há no entanto em mim a sensação (ainda mais porque sou trabalhador independente em vez de funcionário acomodado) de que os impostos que pagamos não são justificativos do cúmulo de serviços que recebemos do Estado Português. Há uma diferença entre o Estado e uma outra empresa em mercado livre: se n

Notícias fictícias que até poderiam ser reais (I)

De acordo com o porta-voz Zurro do Carlos, o PS considera que os quase licenciados pelas novas oportunidades são os mais aptos profissionais de Portugal, e que o programa foi de extrema utilidade para o país. O PS apresenta na sua comunicação o que escreve, numa mensagem por via eletrónica, um dos graduados: sou quase-Licençiado nível 5 em Téc.de Sekretariado tive de ter muitas aulas de PortuguÊS pra vida e de datilografia 2º novo acordo. e como sabem voçês bem tenho muitas competências para o marcado de trabalho como dis o setôr lá nas aulas peço que me deiem uma oprotunidade para puder pruvar o meu valor, obrigado e tenham muitas felicidades de gajomagano92@hotmail.com Quando perguntado acerca da ubiquidade e persistência dos erros de pontuação, ortografia e de sintaxe da mensagem, o porta-voz pediu uma pausa. Após retornar, alguns minutos depois, com um dicionário na mão, retorquiu: «Como viu, o nosso exemplar formando mostrou as suas competências avançadas no domínio

Os Estados Unidos, a terra da pretérita liberdade.

A notícia no USA Today deixou-me abananado. Afinal, algo vai muito mal na terra da liberdade. As pessoas que criticarem o Obama terão escrutínio extra do IRS (o serviço de finanças do Governo Federal). Sabemos que existe liberdade quando podemos fazer um insulto aberto ao governante sem que nos aconteça nada. Neste critério, em Portugal há mais liberdade hoje que nos Estados Unidos. Do modo como se critica o Passos Coelho, passando as bordas do insulto vácuo e imbecil, e como não ouço nada de a polícia ou as finanças andarem atrás dos manifestantes identificados), terei de concluir que vivo na pátria da liberdade. A história mostra-nos que não é possível uma minoria enganar a maioria por muito tempo. Quarenta anos depois dos amanhãs que cantam, teremos de cantar. A canção é que não é a que os enganados achavam que cantariam. É, no entanto, a canção que os países que têm constituições que obrigam ao socialismo como a nossa andam a cantar. Entretanto, em Portugal há liberda

O Estado pretende proteger-me... de mim mesmo?

Na Inglaterra, o Estado pretende cortar no tamanho dos biscoitos por forma a controlar a obesidade. Veja quem lê inglês este artigo no Telegraph . Será que aquelas jumentíssimas iluminárias nunca pensaram que, se uma pessoa se sentir insatisfeito com um biscoito, de imediato comerá outro? Será que eu dei um mandato com o meu voto a essas candelárias do iluminismo para que me protejam de mim mesmo? Será que não posso gostar de biscoitos e resolver comer dois ou três em vez de um? E se eu e os meus filhos dermos cabo de um pacote de Bolacha Maria numa hora seremos acusados de alta traição?

Burros em escudos ou em euros?

O nosso problema não está na nossa moeda, está no nosso Estado. Temos Estado a mais. Temos funcionários a mais, burrocratas a mais à espera de um tacho no privado, plutocratas infindos, beneficiários do rendimento mínimo e do rendimento máximo que acham que têm direito à substância do outro, emperresários gulosos pelos dinheiros públicos e uma banca que facilita tudo isto, claro que a juros. A banca adora o Estado, mancomuna-se com os políticos que querem deixar obra e com os emperreiteiros que querem vender quinquilharias e cimento. Este é o problema da economia portuguesa. Bem pior seria se não estivéssemos no Euro e tivéssemos de arcar com juros de dez, doze ou quinze por cento para colocar mais dívida à la Mr. Seguro nos ma-le-di-tos mercados . Em suma, o Euro é um verdadeiro benefício. Falta apenas acabar com as obras que ninguém parece querer excepto o político que nela coloca o seu nome, a banca que avança com o dinheiro e cobra juros e o emperresário que quer cobrar u

Sugestão para a fiscalidade

Vá lá, contribua para o Estado Social...ista! Uma coisa que os governantes portugueses não são é razoáveis. Os nossos meios de comunicação são exímios em clamar por justiça, e são completos idiotas pelo modo como o fazem. Se queremos baixar os impostos à classe média, podemos usar o investimento estrangeiro em impostos baixos. Não com esta fiscalidade opressiva, com certeza. Mas se fizermos um pequeno acerto na fiscalidade, podemos captar impostos das grandes fortunas que andam desavindas com o esquerdérrimo Hollande, o coveiro da França. No código do IRS deveremos ter presente que dez por cento de muito é mais que cem por cento de nada. A meu ver, os ricos podem facilmente mandar lixar o Sr. Hollande ou o Sr. Coelho ou o Sr. Rajoy mais depressa que qualquer um de nós, movendo os seus capitais para onde lhes aprouver. Eu pago quantos impostos me impõem, e um rico paga quanto quer pagar. Setenta e cinco por cento de nada é nada. O zero ainda continua a ser o eleme