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Mensagens

A mostrar mensagens de julho, 2014

Ó legislador: no que não causa problemas NÃO SE MEXE

Assim se servem as pizze na Itália. Em madeira. Seja no Verão ou no Inverno, a pizza napolitana tradicional cria-nos água na boca. Em Itália, a sua pátria, é servida tradicionalmente em madeira. Estes tabuleiros por vezes têm décadas e estão gastos. Têm riscos, provenientes de sofrerem a lâmina da faca quando se corta a pizza. É normal. Ninguém se importa. De certeza, uma ou outra partícula de serradura solta pela faca foi na pizza para a boca do que dela desfrutava. Não há registo histórico de alguma queixa ou problema daí advindo. O prazer de ter a pizza, suculenta, numa explosão de sabores tocando a nossa língua faz-nos pensar em tudo menos em serradura. Eu, com quarenta e três anos de vida, nunca havia pensado nisso. E recuso liminarmente que me sirvam a pizza em cartão na mesa. A pizza vem em madeira ou não vem. Em Portugal achamos que as leis têm que resolver mesmo os problemas que não existem. Se não existirem problemas, cria-se uma lei para reconhecer

Esquerda e a nossa direita

Há diferenças: um usa óculos. As demais diferenças são menores. O que acontece hoje no BE e no PS aconteceu ontem no PSD e no CDS. Nenhum partido resiste a uma boa luta pelo poder. Esse é um mal dos partidos. Os partidos não são necessários em democracia, nem numa república constitucional. Dito isto, não quero dizer que os partidos ou os políticos são todos iguais. As semelhanças, contudo, são inegáveis. Há diferenças de fundo, mas são pouco expressivas. Havendo estabelecido que há diferenças, estando uns esbirros de esquerda ou uns esbirros d' a nossa direita no poder, qual deles me faz menos mal? Quem nos coloca de joelhos é a esquerda. [Vou limitar a imagem apenas à colocação de joelhos, deixando aos leitores a progressão para onde a sua turtuosidade lhes permitir.] A nossa direita anda a tentar corrigir o mal mantendo o mal na mesma. A nossa direita não é direita. E a banda toca Tanto a esquerda como a nossa direita tocam para enganar os incautos, ou

A Rússia tem de se livrar de Dugin

Alexandre Dugin, o teórico da Eurásia A Rússia tem de se ver livre de Dugin. Dugin não é mais que um marxista, um dos perfeitos idiotas que querem a União soviética de volta. Claro que União Soviética ninguém de bom senso quer ver ressuscitada. E por isso, para consumo externo e interno não se chamaria ao novo bloco União Soviétca, mas Bloco Euroasiático. O euroasianismo, doutrina que diz que a Rússia é culturalmente distinta da Europa, e que se aproxima mais da Ásia. É uma espécie de pan-eslavismo radical, tomado até à borda do puro racismo. O euroasianismo é uma idiotice. A Rússia é Europa. Não se completa a Europa sem a Rússia. A Europa é o continente dos contrastes culturais e linguísticos. Um português não é um alemão nem um polaco. Um francês não é um finlandês. Um russo é tão europeu como um inglês. Há culturalmente Europa em Moscovo e em Vladivostok, esta última para lá da Península da Coreia. Um Chucha ou um Tártaro podem ser euroasiáticos quanto quis