Avançar para o conteúdo principal

O dragão afinal era de papel

Os lucros industriais na China caíram 8% (homólogos). Essa queda era já esperada por mim, já que o consumo de eletricidade e de carvão tem também andado em baixa. A verdade é que o Partido Comunista Chinês está a manipular as estatísticas de tal modo (como os Estados Unidos e a Grécia) que os números correspondem apenas a uma realidade desejável.

O Partido Comunista na China está a perder a lealdade dos próprios funcionários (de tal modo que lhes elevou os salários em 60%). As tensões derivadas do desejo de liberdade, desejo esse que é inato a qualquer homem, estão a montar naqueles lados. Os chineses querem eleições multipartidárias. Querem liberdade. Há dois cristãos por cada membro do Partido Comunista e, tal como no Império Romano, o cristianismo é a religião dos oprimidos. Nela encontramos conforto, é certo, mas nela encontramos também a esperança e a verdade. Não admira que o cristianismo esteja a levar aquele país como uma onda de um Tsunami.

Estou esperançado que, quando a China se livrar do comunismo, a China verá realizar-se o seu potencial. Os chineses são trabalhadores e inteligentes. Têm o diabo de um complexo de inferioridade, mas isso cura-se com uma boa dose de realidade e de aceitação pela nossa parte.

Perguntaram-me várias vezes se tenho medo da China. Não tenho medo da China, nem há nada para que tenha. Tenho medo do Partido Comunista, e da sua reação ao estertor, o que é totalmente diferente. Desejo até que os chineses e os europeus se libertem de vistos e de tarifas alfandegárias. A nova Rota da Seda está no mapa a seguir. Asseguram-me que irá ser modificada para incluir Moscovo — como será, não sei. É, pesando tudo, um passo certo na direção certa.

A nova rota da seda (rodo-ferroviária a vermelho e marítima a azul)

Espero ver em breve a China no concerto das nações democráticas.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Juro jurando que juro que o que jurei se jurará esquecido.

Um primeiro ministro (ou primeiro-sinistro, já que todo o governo, com excepção do Siza Vieira, parece ser um acidente de percurso), jurou cumprir e fazer cumprir a Constutuição. O juramento faz parte da cerimónia de posse. E António Costa, licenciado em Direito (não acreditava, mas a Wikipédia diz que sim), passa o tempo a descumprir e fazer descumprir a Constituição. Eu nem gosto desta constituição particularmente, mas o juramento faz parte do acto de posse. Sendo violado, azar o dele, nulifica-se o acto. Precisamos de falar mais do "Diga a Constituição o que disser", e das blatantes violações no Estado de Calamidade e nas reacções à pandoideira. Há um caso sólido para o afastar do poder. Até porque o país não aguenta mais Costa. Eu posso-me dar ao luxo de dar às de Vila Diogo e ir trabalhar noutro lado. Mas isso não acontecerá a dez milhões de portugueses, cujas vidas foram destruídas pelo primeiro confinamento, quando tudo indicava qu...

E agora, para algo completamente diferente...

Cobol: Mais de sessenta anos e ainda para as curvas! Há uma linguagem de programação dos anos cinquenta que definitivamente me dá gosto programar nela. Common Lisp. Sou definitivamente um tipo de parêntesis. Continuo a programar quando posso em Common Lisp e em Emacs Lisp. Mas este fim de semana lembrei-me de outra linguagem vetusta e pouco primorada pela idade: Cobol. A velhíssima Cobol. Que nem funções de jeito tem. Passamos parâmetros para subprogramas por endereço e recebemos os retornos do mesmo modo. Bom, podemos também passar por valor, mas ninguém que eu conheço faz isso. De repente, voltou a nostalgia. Gosto muito de poder escrever IF A IS EQUAL TO 2 THEN... . Pelo menos pelas primeiras horas. Parece que estou a contar uma prosa. A máquina, com a sua memória, fica encartada na minha cabeça. É pura poesia em código. Fiz algo disto durante algum tempo, vai lá uns anos. Hoje, programo maioritariamente em C, Python e Javascript. E voltar ao Cobol foi u...

Se a SIC fala mal de Ventura, ponhamos os olhos nele.

Habituei-me a considerar que, se a RTP, a SIC e a TVI falam mal de um homem, esse homem deve ser boa pessoa. Se fazem campanha contra ele, é definitivamente uma pessoa honesta e de valor. Se, por contraponto, nos tenta vender um Cocosta ou uma Cacarina ou um Marselfie, o valor deles fica provado. Nem me deixem falar de honestidade, que já deu alguns artigos em outros blogues. O rato acreditava em queijo fácil? Apenas faço uma pergunta? A quem serveem a SIC, a RTP e a TVI? Tem lhes dá as ordens de marcha? Quem manda quem nelas manda? Uma pista: se falam mal sistematicamente de boas pessoas, não são boas pessoas quem lhes mandam ser más para boas pessoas. Burro é o rato que pensa que se o queijo que está na ratoeira é um bem que se apresenta e não um mal que por ali paira.