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E quem se lixa é o mexilhão, digo, a Europa

Dólares e rublos, quem sobreviverá?

A guerra económica pela hegemonia do dólar americano está ao rubro. O Euro é a vítima colateral, em mínimos de muitos anos. As sanções contra a Rússia estão a afetar sobretudo a Europa, que se tornou o saco de pancada da política externa norte-americana.

A economia alemã está com a recessão à vista, depois de um anémico terceiro trimestre. Portugal come por tabela: se os alemães desacelerarem, não é o resto do mundo, anémico pelos baixos preços do petróleo, que assimilará a nossa produção interna.

A Europa deve rever a sua política externa e, como sugerimos e já foi proposto pela Rússia, fazer um tratado autónomo com a União Euroasiática. Se não o fizermos agora, pagaremos muito caro essa omissão no futuro. O futuro tende com o tempo a tornar-se presente e, de momento, mais importante do que tudo o resto é evitar a eclosão de uma guerra na Europa, que apenas serviria os interesses da Administração Obama (note-se que não disse Estados Unidos), que anda a mudar critérios de PIB para fingir que cresce. Nada daria mais jeito ao proto-comunista do que desviar as atenções internas, colando os americanos aos televisores para ver uma guerra no Velho Continente.

É preciso não jogar o jogo que nos prejudica. Por mim, acorde-se com a Russia já e espere-se que nos Estados Unidos os verdadeiros conservadores e libertários (não os falsos, que os há aos magotes) ganhem as eleições em 2016. Se não ganharem, em 2017 os Estados Unidos sucumbirão ao peso da sua dívida e deixam de ser relevantes. Se em 2017 inaugurarem uma administração presidencial decente, o problema da guerra deixa de se colocar.

Há um Oceano de distância dos Estados Unidos. A Rússia está aqui mesmo ao lado. E a caridade começa em casa.

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