Avançar para o conteúdo principal

Primeiro os Estados Unidos, agora a Rússia

Os russos estão a ponderar enviar tropas para a Ucrânia. É certo que são os escarralhados do partido da Rússia Justa (Справедливая Россия, 64/450 na Duma) que andam a tentar que isso se realize, mas o russo comum, garanto-vos, está farto da prepotência dos Estados Unidos da América.

Por exemplo, na Rússia, ser chamado maricas americano é o supremo insulto nestes dias. É certo que a economia russa parece estar abandalhada pelo dólar fraco e pelo preço fraco do petróleo. Mas não acreditem no que vos dizem: os russos sabem contrair, poupar e vencer os cercos por exaustão do invasor. Temos exemplos disso pela história inteira, sobejos e cabais. Não são os mimalhos do Ocidente os que povoam a Rússia nestes dias.

Os europeus também já foram assim, valentes sem bravata. Não é preciso ir muito atrás no tempo. Lembram-se de Londres em 1940, sob os bombardeamentos alemães? De Portugal a aguentar uma guerra colonial (concedo que injusta) de várias frentes nos anos 60 e 70?

Espero que os russos se contenham e não respondam às ameaças. O Obama vai acabar a estrepar-se, até aqui na Europa. Cedo ou tarde o Juncker terá a incumbência de conter incêndios, os quais deflagrarão na vontade de os povos se sujeitarem à Neo União Soviética, aliás União Europeia.

Os povos podem dividir-se em dois: ou entram no comunismo (ou Podemos, ou Siriza), festejam seis meses a multiculturalidade e vão de frosques, esmagados pela dívida e pelos indigentes na própria sociedade; ou fazem reformas liberais, sofrem dois ou três anos e fazem passo a passo um futuro em que vale a pena viver. A escolha é nossa, dos povos.

Mas é a última escolha. Já temos demasiada tralha do passado para nos darmos a experimentalismos. Se escolhemos o socialismo, bom!, preparemo-nos para o empobrecimento a sério.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Juro jurando que juro que o que jurei se jurará esquecido.

Um primeiro ministro (ou primeiro-sinistro, já que todo o governo, com excepção do Siza Vieira, parece ser um acidente de percurso), jurou cumprir e fazer cumprir a Constutuição. O juramento faz parte da cerimónia de posse. E António Costa, licenciado em Direito (não acreditava, mas a Wikipédia diz que sim), passa o tempo a descumprir e fazer descumprir a Constituição. Eu nem gosto desta constituição particularmente, mas o juramento faz parte do acto de posse. Sendo violado, azar o dele, nulifica-se o acto. Precisamos de falar mais do "Diga a Constituição o que disser", e das blatantes violações no Estado de Calamidade e nas reacções à pandoideira. Há um caso sólido para o afastar do poder. Até porque o país não aguenta mais Costa. Eu posso-me dar ao luxo de dar às de Vila Diogo e ir trabalhar noutro lado. Mas isso não acontecerá a dez milhões de portugueses, cujas vidas foram destruídas pelo primeiro confinamento, quando tudo indicava qu...

E agora, para algo completamente diferente...

Cobol: Mais de sessenta anos e ainda para as curvas! Há uma linguagem de programação dos anos cinquenta que definitivamente me dá gosto programar nela. Common Lisp. Sou definitivamente um tipo de parêntesis. Continuo a programar quando posso em Common Lisp e em Emacs Lisp. Mas este fim de semana lembrei-me de outra linguagem vetusta e pouco primorada pela idade: Cobol. A velhíssima Cobol. Que nem funções de jeito tem. Passamos parâmetros para subprogramas por endereço e recebemos os retornos do mesmo modo. Bom, podemos também passar por valor, mas ninguém que eu conheço faz isso. De repente, voltou a nostalgia. Gosto muito de poder escrever IF A IS EQUAL TO 2 THEN... . Pelo menos pelas primeiras horas. Parece que estou a contar uma prosa. A máquina, com a sua memória, fica encartada na minha cabeça. É pura poesia em código. Fiz algo disto durante algum tempo, vai lá uns anos. Hoje, programo maioritariamente em C, Python e Javascript. E voltar ao Cobol foi u...

Marisa Matias, a Presidenta Ignoranta e Carenta de Inteligência

A palavra presidente tem género duplo. Tanto pode significar um entertainer de circo que muda de calções para as teleobjectivas como uma senhora que por acaso preside a qualquer órgão. Alegado presidente supostamente a presidir. Tentem não rir. A presidente do Conselho de Administração da GALP Energia, Paula Amorim. Há uma diferença entre estas figuras, não há? Pois, quem preside está a presidir, logo é presidente (com e ), seja homem ou mulher. Não sei como será com os restantes 215 géneros que andam por aí as Mentias deste povo a inventar. Mas, seja homem ou mulher, se preside é presidente. Outras palavras que também são substativos uniformes, e que gostaria que a senhora Mafias (erro não intencional, ma si non è vero, è ben trovato!) deveria conhecer são, por exemplo: ignorante, demente, incapaz ou azêmola. Ou populista. Ou imbecil. Já agora, podemos trocar o presidente que não preside, logo, o não presidente, por alguém que verdadeira...