Avançar para o conteúdo principal

Guerra na Europa? Não em meu nome!

60 personalidades alemãs lançaram uma carta aberta chamada «Outra Guerra na Europa? Não em nosso nome!». A carta foi publicada no Die Zeit, um jornal diário conservador, e foi assinada por nomes como Horst Teltschik (CDU), Walther Stützle (SPD), e Antje Vollmer (Verdes). E por atores, escritores e outros não políticos. O sentimento é partilhado da esquerda à direita.

O original da carta está em Die Zeit. Existe uma cópia traduzida da carta aqui, em inglês, para os que não souberem ler alemão.

O primeiro parágrafo é notável:

Ninguém deseja a guerra. Mas os Estados Unidos, a União Europeia e a Rússia estão inexoravelmente a dirigir-se à guerra se não terminam de uma vez e espiral desastrosa de ameaças e contra-ameaças. Todos os europeus, incluindo a Rússia, têm conjuntamente a responsabilidade da paz e da segurança. Apenas aquele que não perde esta meta de vista evita erros desastrosos.

Se pudesse, daria a minha assinatura a esta carta. O ciclo de acusações e de contra-acusações está a tornar-se perigoso para a Europa. Se seguimos a política desastrosa da asinino-ministração Obama, sofreremos o mesmo destino que esses que nem no símbolo do partido enganam ninguém.

Curso de ação estabilizador: Fazer ouvidos moucos aos burros de Washington. Levantar todas as sanções contra a Rússia. Convidar a Rússia e a Ucrânia a integrar a União Europeia como observadores ou mesmo num processo de pré-adesão. Obrigar a Ucrânia a reconhecer o russo como segunda língua oficial. Reconhecer a integração da Crimeia na Rússia em troca de a Rússia abandonar quaisquer outras pretensões no leste da Ucrânia. Finalmente, com a paz estabelecida, enviar tropas da OSCE (sim, russas incluídas) manter a paz no leste da Ucrânia. No longo termo, forçar os Estados Unidos a aceitar o convite à Rússia e à Ucrânia para integrarem a NATO, lembrando-nos nós que oram os Estados Unidos que recusaram essa integração aquando do tempo de Gorbachev.

Quem está do nosso lado não é nosso adversário. E uma mão estendida faz mais pela paz que mil canhões assestados. Por fim, não há nada na Ucrânia nem em lado nenhum que valha o início de uma guerra entre países democráticos.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Partido libertário em Portugal?

Partido Libertário Português Ao que parece, alguém criou um tal Partido Libertário Português. Estava à procura de partidos libertários na Europa quando dei com isto. Parece ser criação recente e, além da tralha no Livro das Fuças , não parece ser dotado ainda de personalidade jurídica. Não escondo que se fosse britânico o UKIP teria o meu voto; mas nunca, sendo francês, votaria na Frente Nacional. A Frente Nacional é estatista e tão neo-totalitária como os comunistas. Nada de bom advirá dela. O UKIP, por seu turno, é liberal e, como eu, defende um estado pequeno. Esta entrada num dos blogues do The Spectator diz tudo: a Frente Nacional é estatista, o UKIP libertário. Termino com um vídeo de Nigel Farage, o eurodeputado estrela do UKIP onde acusa consubstanciadamente da União Europeia de ser o novo comunismo. Com carradas de razão.

Morra aos 70. Não fica cá a fazer nada. Dizem os democrápulas.

Um sistema público e universal de pensões e de saúde mais cedo ou mais tarde terá de dar nisto: na limitação de vida das pessoas.  O que os democrápulas americanos chamam «aconselhamento de fim de vida» é mesmo isso: aconselhar as pessoas que já estão a tornar-se um peso no sistema (e que tendem a ter juízo e a votar conservador) a abdicar da sua vida e a deixarem-se matar. Que ideia exagerada, painéis de morte! Não há nenhum sistema público de saúde ou de pensões que não venha a ser arrebentado por dentro pelo hábito persistente de as pessoas se deixarem viver mais anos na vã esperança de que os seus netos se resolvam a sair da casa dos pais e a constituir família antes do aparecimento das primeiras rugas neles. Como as mulheres portuguesas não querem ter filhos (e não me venham com essa do não podem ou do teriam se...), o sistema de segurança social teria cinco anos a funcionar.  Teria se a guerra não viesse entretanto, como estou convencido de que virá. No fundo isto funci

Vou fazer uma pergunta.

Isto de subir o peso do Estado, de nos fazer pagar mais impostos para manter os privilégios de alguns e os empregos de demasiados funcionários públicos, e de sufocar as empresas com regulações e autorizações e alvarás e licenças é: Neo-liberal? Neo-totalitário? Perfeitamente imbecil? Note-se que pode escolher duas respostas, desde que inclua nestas a terceira.