Avançar para o conteúdo principal

Sugestão ao Governo de Portugal

Sei o que fizeste no Verão de 2017. Eu estava lá.

Cargos governantes,

Os governantes socialistas não foram claramente postos no leme da causa pública para dizer a verdade. Até porque se fartaram de mentir até ao momento. E de ludibriar os portugueses, fazendo o que o PS faz melhor: separá-los do seu pecúnio e fazer dívida para separar desde já o pecúnio dos portugueses das próximas gerações. O PS é um desastre.

O caso do (falso) roubo das armas de Tancos é a melhor mostra de como o PS acha que somos todos estúpidos. Não houve roubo nenhum, ao que conheço, por haver trabalhado muito tempo em gestão de logística e de armazéna. Houve quase de certeza algumas armas que não foram registadas ao sair e que ainda figuravam, por isso, no inventário. Perante uma inspecção anunciada, congeminou-se o falso roubo. Esse é o primeiro erro, mas não é do Ministro Azarado, digo, Azeredo.

Nem eu achei no momento que o Ministro se deveria ter demitido por isso. Não era o Azeredo Lopes quem estava a guardar os paióis. Fosse eu ministro, e tivesse isso ocorrido no meu turno, não me demitiria, mas envidaria todos os esforços para determinar a verdade, mesmo se ela me doesse. E, munido de conclusões honestas, retiraria então a minha responsabilidade: caso eu tivesse feito relaxar os procedimentos de guarda dos paióis ou retirado os meios para os comandantes de base o fazerem adequadamente, a culpa seria minha. Aí, sim, demitir-me-ia.

Ex-ministro Azeredo Lopes, e ainda Primeiro-Sinistro Costa: um homem que é homem admite quando erra. É qualidade de um homem superior. Um homem superior teme a sua própria consciência. Um homem inferior teme a opinião dos outros.

Um homem superior não teria encenado uma recuperação de armas de um roubo que não existiu. Teria insistido com os comandantes das bases para apertarem o controlo de inventário. Teria feito o possível para eliminar erros posteriores. Mas não teria feito os restantes portugueses de burros, mandando encenar a recuperação das armas, ademais com um caixote extra.

Uma justiça superior haveria atirado os dois supracitados para o fundo de um calabouço. Imbecilidade e mau carácter não atiram ninguém para a prisão, mas crime e fraude têm de ser punidos.

Um conselho: tentem dizer a verdade. Já estou farto de ouvir membros do Governo e do Parlamento mentirem descaradamente. Se não conseguem ser competentes, ao menos sejam decentes. Não se pode pedir competência a quem não a tem, mas decentes podemos ser todos.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Juro jurando que juro que o que jurei se jurará esquecido.

Um primeiro ministro (ou primeiro-sinistro, já que todo o governo, com excepção do Siza Vieira, parece ser um acidente de percurso), jurou cumprir e fazer cumprir a Constutuição. O juramento faz parte da cerimónia de posse. E António Costa, licenciado em Direito (não acreditava, mas a Wikipédia diz que sim), passa o tempo a descumprir e fazer descumprir a Constituição. Eu nem gosto desta constituição particularmente, mas o juramento faz parte do acto de posse. Sendo violado, azar o dele, nulifica-se o acto. Precisamos de falar mais do "Diga a Constituição o que disser", e das blatantes violações no Estado de Calamidade e nas reacções à pandoideira. Há um caso sólido para o afastar do poder. Até porque o país não aguenta mais Costa. Eu posso-me dar ao luxo de dar às de Vila Diogo e ir trabalhar noutro lado. Mas isso não acontecerá a dez milhões de portugueses, cujas vidas foram destruídas pelo primeiro confinamento, quando tudo indicava qu...

E agora, para algo completamente diferente...

Cobol: Mais de sessenta anos e ainda para as curvas! Há uma linguagem de programação dos anos cinquenta que definitivamente me dá gosto programar nela. Common Lisp. Sou definitivamente um tipo de parêntesis. Continuo a programar quando posso em Common Lisp e em Emacs Lisp. Mas este fim de semana lembrei-me de outra linguagem vetusta e pouco primorada pela idade: Cobol. A velhíssima Cobol. Que nem funções de jeito tem. Passamos parâmetros para subprogramas por endereço e recebemos os retornos do mesmo modo. Bom, podemos também passar por valor, mas ninguém que eu conheço faz isso. De repente, voltou a nostalgia. Gosto muito de poder escrever IF A IS EQUAL TO 2 THEN... . Pelo menos pelas primeiras horas. Parece que estou a contar uma prosa. A máquina, com a sua memória, fica encartada na minha cabeça. É pura poesia em código. Fiz algo disto durante algum tempo, vai lá uns anos. Hoje, programo maioritariamente em C, Python e Javascript. E voltar ao Cobol foi u...

Marisa Matias, a Presidenta Ignoranta e Carenta de Inteligência

A palavra presidente tem género duplo. Tanto pode significar um entertainer de circo que muda de calções para as teleobjectivas como uma senhora que por acaso preside a qualquer órgão. Alegado presidente supostamente a presidir. Tentem não rir. A presidente do Conselho de Administração da GALP Energia, Paula Amorim. Há uma diferença entre estas figuras, não há? Pois, quem preside está a presidir, logo é presidente (com e ), seja homem ou mulher. Não sei como será com os restantes 215 géneros que andam por aí as Mentias deste povo a inventar. Mas, seja homem ou mulher, se preside é presidente. Outras palavras que também são substativos uniformes, e que gostaria que a senhora Mafias (erro não intencional, ma si non è vero, è ben trovato!) deveria conhecer são, por exemplo: ignorante, demente, incapaz ou azêmola. Ou populista. Ou imbecil. Já agora, podemos trocar o presidente que não preside, logo, o não presidente, por alguém que verdadeira...