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Carroça guiada por condutor cego despenha-se.

O assalto socialista às empresas grandes continua. Hoje a EDP. Quem vai ser colocado? Um boi — versão aportuguesada de boy, pesando o animal citado ter o dobro da inteligência de um socialista, por vezes um pouco menos. Quem vai ser colocado na TAP? Uma manada. Define-se manada como um conjunto não singular de bois, dependendo a dimensão do número de lugares disponíveis ou inventados na empresa a tomar.

O único fenómeno luso-socialista que persiste pelas diversas direcções do Partido Socialista é o da multiplicação das manadas. As manadas destroem tudo quanto pisam. Não julguem os citadinos, especialmente os de Lisboa, que vão ficar na fotografia como as duas ou três vacas que ornamentam uma fotografia idílica de um prado dos Alpes. Não. As manadas socialistas são como as locustas: atacam, comem o que há e deixam os copros para quem tiver o azar de ter de passar por lá depois.

A manada em estampida, isto é, em corrida para ocupar o prado, espezinha tudo por quanto passa. Terra tão calcada leva muito tempo e arado a poder de novo tomar sementes. A manada come a erva até à raiz, transformando tudo num deserto. Depois de o prado estar limpo, a manada desaparece daquele prado e procura outros prados verdejantes, onde nenhuma manada antes tenha posto as patas. No fim, apenas desolação e montes de bosta fedentinosa. A marca da manada.

O nosso governo destrambelhado e desgovernante tem setenta pessoas. Com tantos quantos os discípulos que Cristo enviou pelo Mundo, querer-se-ia ver pelo menos um bocadinho de governação. Algo pelo menos organizadinho e a funcionar bem. Se o leitor for a um hospital público, tiver os filhos na escola e for ver quanto paga de IRS, saberá que a saúde está de má saúde, as finanças andam financiadas por si e a educação não educa. A justiça disto é injusta? Não: fomos nós que escolhemos o garrote com que nos enforcamos.

A CRESAP (Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública) diz que assegura com transparência, isenção, rigor e independência as funções de recrutamento e seleção de candidatos para cargos de direção superior da Administração Pública e avalia o mérito dos candidatos a gestores públicos. Talvez tenha sido assim no passado. Hoje não é: foi tomada por dentro. É uma espécie de Polígrafo (ou Mentígrafo) dos putativos gestores a cargos públicos. Lembra-me os concursos de muitas edilidades que faziam consursos à medida do vencedor combinado: pediam licenciados em Gestão de Turismo ou similar para um cargo de gestor de lixos públicos — o exemplo não é exactamente este ao pormenor, mas foi um concurso da Câmara do Fundão lá por 2010.

A solução da manada pode ser duas: ou o matadouro, ou cercas nos prados. O matadouro faz muito sangue e cheira mal. Para além disso, é preciso ir buscar uma manada que não vai lá docemente. Aquilo é tudo vacas loucas. Não vale a pena. Podemos ir pelo outro lado: fechar-lhe os prados.

Não pense que mais leis são necessárias. Até porque quem faz as leis chefia a manada. As leis são feitas à medida das vacas e dos bois deste país. (No Remoques pratica-se igualdade de género quando convém) Nunca se ouviu falar de grupo nenhum que votou intencionalmente o seu definhamento ou a sua extinção, pois não? Tem de lá ir de outro modo.

Se uma empresa for tomada por socialistas incapazes, tirarei de lá a minha clientela. Basta dizer isto. Não voarei mais pela TAP — coisa que fazia antes. Vou procurar uma alternativa à EDP, e apenas fico pela Altice, porque é a Altice. Somos nós que secamos o prado às empresas tomadas por socialistas.

A sociedade justa é aquela em que os governantes temem os cidadãos, e não os cidadãos os governantes. A solução para os problemas está em nós, no nosso voto e nas nossas decisões individuais. Não peço nada do Estado, senão que definhe e faça o pouco que tem de fazer bem feito. Não tente fazer tudo, porque o fará mal. Enquanto tivermos um Costa e um Marcelo, tudo farão para tudo fazer, e tudo farão mal. Porque naquelas cabecinhas pensadoiras e egocêntricas não se lhes ocorre que estão a fazer quase tudo mal.

Aliás, a única coisa boa que estão a fazer é dar uma lição para o futuro, uma vacina preciosa que penso ser a verdadeira razão de Rui Rio estar caladinho. Esse assunto será tratado no Remoques amanhã.

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