A China, misteriosa e grande, é neste momento um dos maiores países cristãos do Mundo. Estima-se que perto de 150 milhões de chineses sejam cristãos. Um em cada dez chineses. Membros do partido comunista são oficialmente 85 milhões. Há quase dois chineses por cada comunista. E isso preocupa as autoridades, que sentem o controlo a fugir-lhe dos pés.
No momento presente, o GMail está bloqueado pela Grande Firewall chinesa. As celebrações de Natal foram proibidas em todos os infantários e creches na China por ser coisa «estrangeira» e «não chinesa». Várias igrejas têm de arrancar as cruzes que as cumeiam, por ordem das autoridades, ou arriscam-se a ser demolidas. Os chineses, cristãos convictos, católicos e protestantes na sua maioria, são incomodados pelas autoridades. O comunismo, que e odiado por praticamente todos os chineses (menos 6% da população, os tais 85 milhões), arranjou um némesis.
Ao ritmo presente, em 230 a China terá mais de 250 milhões de cristãos, nas estimativas mais conservadoras. O número pode vir a ser duas vezes maior. Os membros do Partido Comunista vão morrendo e talvez no fim desta década se situem em menos de 50 milhões. No fim da década haverá 4 chineses por cada comunista. Eles, os comunistas, sabem-no. Se o cristianismo fosse violento como o islamismo (veja-se o que acontece no nordeste, onde vivem os uigures), haveria realmente razão para preocupação do resto do Mundo. Se deixarem o cristianismo medrar, a China será um país mais feliz.
E quanto a ser estrangeiro, até o budismo foi estrangeiro na China. O cristianismo já foi estrangeiro na Europa. Mas foi apenas quando a Europa abraçou o cristianismo (e em parte dela se fez a reforma protestante) que a Europa se tornou a luz da liberdade e das nações. Agora, que o rejeitamos, estagnamos. Breve virá a queda.
Talvez então venham os chineses reenvangelizar-nos e lembrar-nos do bem que, estupidamente, decidimos rejeitar.
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