Há uma linguagem de programação dos anos cinquenta que definitivamente me dá gosto programar nela. Common Lisp. Sou definitivamente um tipo de parêntesis. Continuo a programar quando posso em Common Lisp e em Emacs Lisp.
Mas este fim de semana lembrei-me de outra linguagem vetusta e pouco primorada pela idade: Cobol. A velhíssima Cobol. Que nem funções de jeito tem. Passamos parâmetros para subprogramas por endereço e recebemos os retornos do mesmo modo. Bom, podemos também passar por valor, mas ninguém que eu conheço faz isso.
De repente, voltou a nostalgia. Gosto muito de poder escrever IF A IS EQUAL TO 2 THEN.... Pelo menos pelas primeiras horas. Parece que estou a contar uma prosa. A máquina, com a sua memória, fica encartada na minha cabeça. É pura poesia em código. Fiz algo disto durante algum tempo, vai lá uns anos. Hoje, programo maioritariamente em C, Python e Javascript. E voltar ao Cobol foi um ápice.
Para quem quer começar, sugiro que instale o emulador de Mainframe IBM Hercules. E que siga o canal do Moshix no Youtube. O Mundo precisa de mais programadores de Cobol, porque os antigos estão a morrer e, com o parque instalado que tem nas seguradoras, nos bancos, no sistema financeiro, no controlo de tráfego e de reservas aéreas, convenhamos que Cobol não vai a lado nenhum tão cedo.
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