Avançar para o conteúdo principal

Não me enfiem trampa pela goela!

Pela terceira vez consecutiva, recebo aquele pasquim chamado Visão na minha caixa do correio. A minha família assina a Visão Júnior, um pouco com a minha relutância, porque os miúdos adoram. Da visão adulta da trampa que é a Visão nada quero. Não a assino, não a pretendo assinar, não a desejo, já a li e não a leio. Não tenho nem baixo coeficiente intelectual nem sou militante, simpatizante, anuente ou tolerante do Bloco de Esquerda. Logo, não preciso dessa Visão, porque um cego não guia outro cego.

Quando os tipos que tentam empurrar a Visão me telefonam, com pontaria sempre num momento inadequado, digo-lhes que não quero aquela espécie de estrume impresso. Até agora não usei essas palavras, mas isso não parece demover aquelas bestas de de tentar enfiar esses copros ilustrados pela goela abaixo.

Faço voto de que farei três perguntas ao próximo telemarqueteiro que m'a tentar enfiar. Espero que fiquem gravadas, e que os demovam de me meter lixo, gratuito ou não, na caixa do correio:

  • A Visão vem com um cartão do Bloco de Esquerda, ou é o PS do Costa Desastre que m'a quer mandar?
  • Podem-na fazer de papel mais macio e absorvente, para ter algum uso prático?
  • Acha que tenho o seu coeficiente de inteligência, que não percebe à primeira voz que não quero essa trampa?

Espero que não a esteja a assinar. Nenhum adulto na minha família lhes deu procuração para o assumir. Se são sobras da edição, para manter tiragens editoriais, proponho para deleite e utilidade dos pasquineiros que as enrolem e usem para fazer um acto muito do agrado da nossa escarralhada neles próprios, pelo orifício contrário àquele que aludi no título desta entrada.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Juro jurando que juro que o que jurei se jurará esquecido.

Um primeiro ministro (ou primeiro-sinistro, já que todo o governo, com excepção do Siza Vieira, parece ser um acidente de percurso), jurou cumprir e fazer cumprir a Constutuição. O juramento faz parte da cerimónia de posse. E António Costa, licenciado em Direito (não acreditava, mas a Wikipédia diz que sim), passa o tempo a descumprir e fazer descumprir a Constituição. Eu nem gosto desta constituição particularmente, mas o juramento faz parte do acto de posse. Sendo violado, azar o dele, nulifica-se o acto. Precisamos de falar mais do "Diga a Constituição o que disser", e das blatantes violações no Estado de Calamidade e nas reacções à pandoideira. Há um caso sólido para o afastar do poder. Até porque o país não aguenta mais Costa. Eu posso-me dar ao luxo de dar às de Vila Diogo e ir trabalhar noutro lado. Mas isso não acontecerá a dez milhões de portugueses, cujas vidas foram destruídas pelo primeiro confinamento, quando tudo indicava qu...

E agora, para algo completamente diferente...

Cobol: Mais de sessenta anos e ainda para as curvas! Há uma linguagem de programação dos anos cinquenta que definitivamente me dá gosto programar nela. Common Lisp. Sou definitivamente um tipo de parêntesis. Continuo a programar quando posso em Common Lisp e em Emacs Lisp. Mas este fim de semana lembrei-me de outra linguagem vetusta e pouco primorada pela idade: Cobol. A velhíssima Cobol. Que nem funções de jeito tem. Passamos parâmetros para subprogramas por endereço e recebemos os retornos do mesmo modo. Bom, podemos também passar por valor, mas ninguém que eu conheço faz isso. De repente, voltou a nostalgia. Gosto muito de poder escrever IF A IS EQUAL TO 2 THEN... . Pelo menos pelas primeiras horas. Parece que estou a contar uma prosa. A máquina, com a sua memória, fica encartada na minha cabeça. É pura poesia em código. Fiz algo disto durante algum tempo, vai lá uns anos. Hoje, programo maioritariamente em C, Python e Javascript. E voltar ao Cobol foi u...

Marisa Matias, a Presidenta Ignoranta e Carenta de Inteligência

A palavra presidente tem género duplo. Tanto pode significar um entertainer de circo que muda de calções para as teleobjectivas como uma senhora que por acaso preside a qualquer órgão. Alegado presidente supostamente a presidir. Tentem não rir. A presidente do Conselho de Administração da GALP Energia, Paula Amorim. Há uma diferença entre estas figuras, não há? Pois, quem preside está a presidir, logo é presidente (com e ), seja homem ou mulher. Não sei como será com os restantes 215 géneros que andam por aí as Mentias deste povo a inventar. Mas, seja homem ou mulher, se preside é presidente. Outras palavras que também são substativos uniformes, e que gostaria que a senhora Mafias (erro não intencional, ma si non è vero, è ben trovato!) deveria conhecer são, por exemplo: ignorante, demente, incapaz ou azêmola. Ou populista. Ou imbecil. Já agora, podemos trocar o presidente que não preside, logo, o não presidente, por alguém que verdadeira...