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Ramadão e MERS

Haaj em Meca, na Kaaba. Note-se que são tantos e tão juntos.

O ramadão está aí às portas e na Arábia Saudita anda à solta um vírus com mortalidade acima de 40%, o MERS, o Síndrome Respiratório do Médio Oriente. Este vírus está relacionado com o Síndrome Respiratório Grave-Agudo, o SARS, que anda a atacar pelos lados da Ásia. Ao contrário do SARS, que possui uma mortalidade inferior a 10%, o MERS tem-na acima de 40%, e o número de infeções não deixa de ser revisto em alta. Além disso o MERS pode ser propagado de mais maneiras que o SARS. Pode ser propagado por insetos, como pulgas e mosquitos.

O Haaj (ou hajj) é a peregrinação que todos os muçulmanos têm de fazer pelo menos uma vez na vida para o ritual de Umrah. Neste ritual, os peregrinos fazem juntos sete jornadas entre Safaa e Marwah. Estes eregrinos vêm de todo o Mundo e voltarão para os seus lugares de residência. Vendo que os habitantes de 6% da França e de 30% da cidade de Bruxelas são muçulmanos, os nossos serviços de saúde têm razão para estar em pânico.

Há cinco anos, em 2009, o Irão, por causa da incidência da gripe suína entre os peregrinos, baniu as viagens a Meca. Talvez venha a fazê-lo também este ano. Entretanto na Europa, com a invasão islâmica das últimas décadas, não pecamos em exagerar nos cuidados com que pretendamos monitorizar esta ameaça.

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