A Patriot Law nos estados Unidos expirou à meia noite de hoje (5 da manhã em Lisboa). Na prática, os servidores do programa de espiolhagem doméstica na NSA tiveram de ser desligados.
Mesmo sendo europeus, temos muito a agradecer a Rand Paul pela pressão que fez para que esta pequena vitória da liberdade lá acontecesse. O que se faz lá acabar-se-á por fazer cá, e as novas legislações na França e no Reino Unido à conta do medo do terrorismo importam o pior que os Estados Unidos têm. A reviravolta (que não estou esperançado que não seja contornada) nos Estados Unidos é um aviso para Cameron e Hollande, e mesmo para a nossa Paula Teixeira da Cruz, que devia legislar menos e pensar mais.
No entanto:
- Não acredito que a NSA tenha mesmo desligado todos os servidores. O que se faz às abertas faz-se às escuras. Basta que se deixe dinheiro para o ladrão e consegue-se escapar do roubo com a maioria do pecúnio.
- Existe uma panóplia de maneiras de contornar a lei. Em preparação para as eleições de 2016, os senadores aceitam dinheiro de quem quer que seja — e isto é verdade, perguntem quanto se pagou para que os senadores passassem o Trans-Pacific Partnership em fast-track, isto é, sem possibilidade de emendas ou de discussão pública.
- Espero a qualquer momento um ataque nos Estados Unidos por malvados terroristas domésticos, o qual muito convenientemente servirá de exemplo das terríveis consequências de se ter acabado com a espionagem doméstica.
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