O general Christophe Gomart, director dos serviços secretos militares franceses, diz claramente que não, numa audição aos deputados da Assembleia Nacional de 25 de Março deste ano.
Cito das suas palavras, do documento aqui ligado, traduzindo-as:
A verdadeira dificuldade com a NATO é que a inteligência militar americana é lá preponderante, enquanto a francesa é ali mais ou menos tida em conta — e daí a importância para nós de alimentar suficientemente os oficiais da NATO em inteligência de prigem francesa. A NATO tinha anunciado que os russos iriam invadir a Ucrânia enquanto, segundo as informações da inteligência militar francesa, nada vem confirmar essa hipótese — havíamos verificado que os russos não tinham arregimentado nem tropas nem meios logísticos, nomeadamente hospitais de campanha, que permitissem idiciar uma invasão militar e as unidades do segundo exército não tinham efetuado nenhum movimento. O que se seguu mostrou que tínhamos razão pois, se os soldados russo foram efetivamente vistos na Ucrânia, era mais uma manobra destinada a fazer pressão sobre o presidente ucraniano Porochenko que uma tentativa de invasão.
E pelas palavras dos franceses se devem calar muitos portugueses. Os franceses, caso não sabem, são provavelmente o terceiro país com mais satélites espiões lá nos céus, e não duvido que sejam dos mais avançados (os satélites das séries CERES e MUSIS podem ler as gordas de um jornal de duzentos e tal quilómetros de altura).
Comentários
Enviar um comentário