Pela terceira vez consecutiva, recebo aquele pasquim chamado Visão na minha caixa do correio. A minha família assina a Visão Júnior, um pouco com a minha relutância, porque os miúdos adoram. Da visão adulta da trampa que é a Visão nada quero. Não a assino, não a pretendo assinar, não a desejo, já a li e não a leio. Não tenho nem baixo coeficiente intelectual nem sou militante, simpatizante, anuente ou tolerante do Bloco de Esquerda. Logo, não preciso dessa Visão, porque um cego não guia outro cego.
Quando os tipos que tentam empurrar a Visão me telefonam, com pontaria sempre num momento inadequado, digo-lhes que não quero aquela espécie de estrume impresso. Até agora não usei essas palavras, mas isso não parece demover aquelas bestas de de tentar enfiar esses copros ilustrados pela goela abaixo.
Faço voto de que farei três perguntas ao próximo telemarqueteiro que m'a tentar enfiar. Espero que fiquem gravadas, e que os demovam de me meter lixo, gratuito ou não, na caixa do correio:
- A Visão vem com um cartão do Bloco de Esquerda, ou é o PS do Costa Desastre que m'a quer mandar?
- Podem-na fazer de papel mais macio e absorvente, para ter algum uso prático?
- Acha que tenho o seu coeficiente de inteligência, que não percebe à primeira voz que não quero essa trampa?
Espero que não a esteja a assinar. Nenhum adulto na minha família lhes deu procuração para o assumir. Se são sobras da edição, para manter tiragens editoriais, proponho para deleite e utilidade dos pasquineiros que as enrolem e usem para fazer um acto muito do agrado da nossa escarralhada neles próprios, pelo orifício contrário àquele que aludi no título desta entrada.
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