Vaclav Klaus foi primeiro-ministro da República Checa entre 1992 e 1998 e presidente da república entre 2003 e 2013. Viveu o fim do comunismo e a transformação da República Checa numa economia de mercado. Não chamou a esse processo «reforma», mas «transformação», pois foi profundo. Quis fazer, segundo as próprias palavras, um «mercado sem adjetivos». Foi sempre um crítico da transformação que a União Europeia anda a patrocinar para si mesma. Foi entrevistado por um colunista do Spectator. E eu dou-lhe carradas de razão.
Como Klaus e muitos outros, também penso que a União Europeia deve retroceder para um simples tratado de paz e de comércio livre entre estados soberanos. Sem parlamento, sem comissão, sem edifícios e sem subsídios. Também penso que a Rússia, embora ainda não sendo um regime livre, nada tem a ver com a União Europeia. E caminha na direção da liberdade.
Putin pode não ser o maior libertário do Mundo, mas não é um acabado hipócrita como são os líderes do Ocidente. Com imperfeições e alguns hiatos, a Rússia está cada vez mais livre. Há imprensa crítica do governo, e cada vez menos os jornalistas são ameaçados. No Ocidente há imprensa crítica e cada vez mais os jornalistas são ameaçados.
Embora ainda (enfatizo ainda) não se mate nem se mande espancar um jornalista na União Europeia, regula-se a profissão e despede-se ou manda-se despedir quem falar contra os abençoados caudilhos ou o status quo. Vaticino que não muito no futuro surgirão espartilhantes regras visando os blogues, com multas e impedimento de escrever aos bloguistas que falem fora da cartilha oficial e temas aprovados.
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