Avançar para o conteúdo principal

Se a Grécia sair do Euro, o Mundo não acaba

Mas se continuar no Euro, podemos dizer adeus ao nosso mundo confortável.

Mais vale deixar cair a Grécia e aguentar as perdas (para Portugal cerca de mil milhões de euros) do que aguentar a Grécia e depois perder o que temos lá hoje e o mais que lhe emprestarmos. A um caloteiro anunciado não se empresta dinheiro. E se não gostam da Troika, respeita-se o voto dos gregos: a Troika vai-se embora e a Grécia vai pedir dinheiro, sei lá, a Putin ou a Hu Jintao.

Vamos ver se eles lho emprestam. Que eu saiba, Putin não tem um sinal "мудак" (mudak, imbecil) escrito na testa, nem vejo o de "混蛋" (py. húndan, desgraçado ou estúpido). Se estes países puserem dinheiro nas mãos dos gregos, as contrapartidas serão a sério. E os gregos irão chorar pela Troika de volta. E por Samaras.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Morra aos 70. Não fica cá a fazer nada. Dizem os democrápulas.

Um sistema público e universal de pensões e de saúde mais cedo ou mais tarde terá de dar nisto: na limitação de vida das pessoas.  O que os democrápulas americanos chamam «aconselhamento de fim de vida» é mesmo isso: aconselhar as pessoas que já estão a tornar-se um peso no sistema (e que tendem a ter juízo e a votar conservador) a abdicar da sua vida e a deixarem-se matar. Que ideia exagerada, painéis de morte! Não há nenhum sistema público de saúde ou de pensões que não venha a ser arrebentado por dentro pelo hábito persistente de as pessoas se deixarem viver mais anos na vã esperança de que os seus netos se resolvam a sair da casa dos pais e a constituir família antes do aparecimento das primeiras rugas neles. Como as mulheres portuguesas não querem ter filhos (e não me venham com essa do não podem ou do teriam se...), o sistema de segurança social teria cinco anos a funcionar.  Teria se a guerra não viesse entretanto, como estou convencido de que virá. No fundo isto funci

Partido libertário em Portugal?

Partido Libertário Português Ao que parece, alguém criou um tal Partido Libertário Português. Estava à procura de partidos libertários na Europa quando dei com isto. Parece ser criação recente e, além da tralha no Livro das Fuças , não parece ser dotado ainda de personalidade jurídica. Não escondo que se fosse britânico o UKIP teria o meu voto; mas nunca, sendo francês, votaria na Frente Nacional. A Frente Nacional é estatista e tão neo-totalitária como os comunistas. Nada de bom advirá dela. O UKIP, por seu turno, é liberal e, como eu, defende um estado pequeno. Esta entrada num dos blogues do The Spectator diz tudo: a Frente Nacional é estatista, o UKIP libertário. Termino com um vídeo de Nigel Farage, o eurodeputado estrela do UKIP onde acusa consubstanciadamente da União Europeia de ser o novo comunismo. Com carradas de razão.

Vou fazer uma pergunta.

Isto de subir o peso do Estado, de nos fazer pagar mais impostos para manter os privilégios de alguns e os empregos de demasiados funcionários públicos, e de sufocar as empresas com regulações e autorizações e alvarás e licenças é: Neo-liberal? Neo-totalitário? Perfeitamente imbecil? Note-se que pode escolher duas respostas, desde que inclua nestas a terceira.