A assinatura do crime de Boris Nemtsov (o vídeo, mostrado primeiro pela CCTV chinesa e depois pelo Telegraph) mostra que são russos a fazê-lo. O método, um carro insuspeito imobiliza o suspeito e outro descarrega a pólvora, faz parte do treinamento da KGB (ou agora FSB) e foi usado profusamente para raptar e assassinar por todo o Mundo. Lembro-me dos raptos do KGB no Líbano, nos anos 80. Foram feitos exatamente deste modo.
Agora, se os perpetradores são agentes ou antigos agentes a soldo do Ocidente, para provocar a guerra, isso é outra história.
Pessoalmente, não acredito que Putin quisesse criar um mártir. Especialmente de uma pessoa que estava bem queimada pela sua corrupção manifesta nos anos 90. Os seus seguidores ou simpatizantes nunca chegaram a 10% da população russa, enquanto Putin tinha 85% de aprovação entre os seus — e mais uns quantos no Ocidente, nos quais relutantemente me incluo. Na minha opinião, se alguém matou o Boris Netsov tinha algo a ganhar com isso. Putin não tem senão a perder, seja qual for o ângulo em que se veja esta ação.
Depois das alegações de Asperger, do envio de seis companhias de soldados americanos para a Ucrânia (grosso modo perto de 5000 homens) já anunciado e da morte nos Estados Unidos de três jornalistas americanos com 48 horas de distância, todos suicidados com coronárias no seu escritório e sem testemunhas — rícino, quase de certeza — esses três anunciando que tinham capacidade de provar coisas terríveis sobre a loucura Obamista, penso que há uma sociedade a ir do inferno para a liberdade e outra a ir da liberdade para o inferno. E que já se terão tocado a meio. E que a primeira não é a nossa nem a última a russa.
O Ocidente quer provocar a guerra, mas não quer ser na opinião pública o responsável por esta. Conclamo os leitores do Remoques que pensem na perda de liberdades civis que temos tido desde o início deste século e, pior, na abrangência das leis sobre terrorismo que a nossa Ministra da Suprema Insustiça, Paula Teixeira da Cruz, anda a propalar. Quando entrarem em vigor, até criticar a atuação da polícia ou a orientação política do Estado ou do regime será possível terrorismo.
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