O homem anda mesmo sozinho na praia? Os cortes nos serviços secretos devem dar destas coisas: o Presidente da República, o que diz que tudo sempre se tem de apurar para nada dizer, está só numa praia. Com quinhentos e quarenta e cinco fotógrafos à volta. Mas só. E nenhum segurança ou polícia a menos de um tiro de canhão de distância. De canhão, mas daqueles dos cruzadores, com quarenta e tal quilómetros de alcance. Um presidente só, que ora tira os calções de banho, ora os pendura na corda. E eis que o perigo aparece. Duas jovens e outra pessoa numa canoa virada. Oh! Martírio! Alguém está a viver o seu ordálio! Que fazer!? Oh! Que fazer! O emperresidente de todos os portugueses, em quem confesso ter votado por resignação, especialista em falar tudo para nada ter de dizer, salta corajosamente à água. Não o vemos a entrar numa cabine telefónica e a sair, indumentado de um pijama azul com botas e capa vermelha. Mas isso deve ter sido um erro na pós-edição. Ma...
A verdade por vezes é uma espada de dois gumes.