Em Março, um navio de informações sai de um estaleiro romeno em direção à Escandinávia, atravessando o Bósforo e o Mediterrâneo. Chamar-se-á Marjata e é tão cheio de eletrónica de vigilância como a francesa Georges Pompidou. Missão: saber o que os russos andam a fazer no Ártico.
No Canadá, um oficial da marinha foi condenado a vinte anos de prisão por espiar em favor da Rússia. No mesmo país, a polícia prendeu um empregado do Lloyds de Toronto, acusado de tentar passar para a China informações confidenciais dos planos do Canadá de construir barcos-patrulha para o Ártico.
Os serviços de informação noruegueses estão em alerta permanente. Clamam que os seus conhecimentos de tecnologias de exploração petrolíferas são uma tentação para outras nações (imagine-se quais!)
Uma guerra fria é esta, e não se esgota no Ártico. Pessoalmente estou ambivalente: gosto do ocidente, mas desconfio que o caminho que o Ocidente trilha nos levará à tirania. Ainda não sei o que hei-de pensar da Rússia. Mas desconfio que não são os maus da fita.
Comentários
Enviar um comentário