A DEFESA POSSÍVEL DO KEYNESIANISMO
O Keynes dizia o mesmo que José do Egipto havia dito há três mil e poucos anos atrás: que durante o tempo das vacas gordas do sonho do Faraó se deveria amealhar o suficiente para se poder equilibrar a economia nos tempos maus, ou de vacas magras.
Convém saber a história do José do Egipto. Ao fazer o que fez ele salvou o Egipto da fome, mas no fim todos os egípcios ficaram servos do Faraó, comprados com o mesmo dinheiro que lhes havia sido extorquido nos tempos de abundância.
OS NOSSOS ASNO-KEYNESIANOS, QUE SE FICAM PELA METADE DA TEORIA
Os nossos trapalhões keynesianos, cujos inspiram novas palavras como galambice e segurice com significados que não lhes dão elogios, são cabalmente inábeis senão nas artes da torpeza e da suprema asinice. Esquecem-se ou preferem esquecer que o Estado tem de amealhar durante os tempos de abundância, mantendo superavites, segundo a própria teoria de Keynes. São meso-keynesianos (na metade que interessa aos empreiteiros e aos alapados ao Orçamento) ou asno-keynesianos. Tenho a certeza de que o Keynes não quereria ser associado ao Seguro e ao Galamba, caso estivesse vivo.
Os asno-keynesianos não salvam Portugal da fome, em tempo algum. Na verdade, mantêm Portugal na fome e na dívida, porque nos tempos das vacas gordas do sonho do Faraó dissipam o que vai nos armazéns reais e mantêm-nos tão vazios como os seus próprios talentos. E nos tempos de vacas magras exageram a receita, aumentando impostos para cobrir parte do que se gastou e indo buscar emprestado o que falta. Dívida permanente é por isso o resultado. Paga por todos, sem intervalos, deprime a economia.
Ao menos se tivessem a decência de entender Keynes antes de se fingirem keynesianos as coisas poderiam ser menos más. Mas os nossos asno-keynesianos são isso mesmo: asnos. Burros. Perfeitos acéfalos. Como as ondas do mar, que são levadas pelo vento de uma para outra parte.
É claro que, sabendo eu o que esta aplicação da teoria meso-keynesiana faz a Portugal e ao Mundo, prefiro Hayek.
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