Avançar para o conteúdo principal

Saber fazer contas...

Os socialistas de coração grande e mente dúbia parecem muito alegrados com a notícia de que a Alemanha subiu a sua dívida para 81,9% do PIB em 2012. Esquecem-se de ver na mesma notícia que a Alemanha teve um excedente de 4 mil milhões de euros no mesmo período.

Ora, se a Alemanha tem excedente, não pode acumular dívida. A menos que...

... tenha pedido dinheiro para emprestar aos primos pródigos do Sul que andam às avessas com os credores.

Conclusões

A dívida alemã feita para emprestar a Portugal vai ser completamente saldada por nós, a menos que haja barbeiro. Assim que a dívida for saldada, a situação alemã estará melhor do que está hoje, via diferencial de juros. Na verdade, tomara eu que as razões para aumentar a nossa dívida fossem as mesmas que as da Alemanha.

Mais uma vez o óbvio sobressai: o problema foi sempre português. A formiga, tal como no conto de La Fontaine, está a ajudar a cigarra ex-socratina a passar o Inverno.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Partido libertário em Portugal?

Partido Libertário Português Ao que parece, alguém criou um tal Partido Libertário Português. Estava à procura de partidos libertários na Europa quando dei com isto. Parece ser criação recente e, além da tralha no Livro das Fuças , não parece ser dotado ainda de personalidade jurídica. Não escondo que se fosse britânico o UKIP teria o meu voto; mas nunca, sendo francês, votaria na Frente Nacional. A Frente Nacional é estatista e tão neo-totalitária como os comunistas. Nada de bom advirá dela. O UKIP, por seu turno, é liberal e, como eu, defende um estado pequeno. Esta entrada num dos blogues do The Spectator diz tudo: a Frente Nacional é estatista, o UKIP libertário. Termino com um vídeo de Nigel Farage, o eurodeputado estrela do UKIP onde acusa consubstanciadamente da União Europeia de ser o novo comunismo. Com carradas de razão.

Morra aos 70. Não fica cá a fazer nada. Dizem os democrápulas.

Um sistema público e universal de pensões e de saúde mais cedo ou mais tarde terá de dar nisto: na limitação de vida das pessoas.  O que os democrápulas americanos chamam «aconselhamento de fim de vida» é mesmo isso: aconselhar as pessoas que já estão a tornar-se um peso no sistema (e que tendem a ter juízo e a votar conservador) a abdicar da sua vida e a deixarem-se matar. Que ideia exagerada, painéis de morte! Não há nenhum sistema público de saúde ou de pensões que não venha a ser arrebentado por dentro pelo hábito persistente de as pessoas se deixarem viver mais anos na vã esperança de que os seus netos se resolvam a sair da casa dos pais e a constituir família antes do aparecimento das primeiras rugas neles. Como as mulheres portuguesas não querem ter filhos (e não me venham com essa do não podem ou do teriam se...), o sistema de segurança social teria cinco anos a funcionar.  Teria se a guerra não viesse entretanto, como estou convencido de que virá. No fundo isto funci

Vou fazer uma pergunta.

Isto de subir o peso do Estado, de nos fazer pagar mais impostos para manter os privilégios de alguns e os empregos de demasiados funcionários públicos, e de sufocar as empresas com regulações e autorizações e alvarás e licenças é: Neo-liberal? Neo-totalitário? Perfeitamente imbecil? Note-se que pode escolher duas respostas, desde que inclua nestas a terceira.